Citricultores abrem safra esperando colher 10 mil toneladas

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Uma solenidade festiva, na manhã de sábado, dia 18, marcou a décima edição da Abertura da Safra da Bergamota de São Sebastião do Caí. A programação ocorreu na propriedade de Ademir Bamberg, na comunidade de Monjolo, e marca oficialmente o início da retirada dos citros dos pomares. A expectativa é de que os 1 mil hectares cultivados em solo caiense resultem em uma produção de 10 milhões de quilos de bergamotas.

A solenidade contou com a presença de citricultores, técnicos da Emater/Ascar e autoridades como o prefeito Clóvis Duarte, vice-prefeito Luiz Alberto Oliveira, secretários municipais, o presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Antônio Cetolin, e o superintendente estadual do Ministério da Agricultura, Bernardo Todeschini.

“Temos no nosso Caí não só uma grande produção de bergamotas, mas a maior área cultivada de limão e também somos o maior produtor de rosas de corte do Estado. Sabemos de todo o esforço e sacrifício que a atividade exige e por isso é um orgulho termos famílias trabalhadoras que produzem essa grande riqueza”, destacou o secretário municipal de Agricultura, Vilson José Rech.

Em seu pronunciamento, o prefeito Clóvis Duarte destacou o crescimento da citricultura. “Em cinco anos dobramos a área cultivada de citros de 500 hectares para 1 mil hectares, o que mostra a força do nosso citricultor e vencer as adversidades.” Segundo a Emater, somente em São Sebastião do Caí existem 30 packing houses (centrais de beneficiamento de frutas) em plena atividade.

Nova associação busca qualificar e criar identificação própria

Entre as metas da citricultura do Vale do Caí está a criação de uma marca que identifique a fruta produzida em São Sebastião do Caí e na região. “Recentemente estive em um encontro em Minas Gerais e lá vi a bergamota Caí sendo vendida como mexerica carioca. É isso que precisamos mudar, conquistando mercados e criando identidade para nossos produtores”, destacou o técnico da Emater responsável pela atividade, Derli Paulo Bonine.

Ele se refere a criação da Associação de Citricultores do Vale do Caí. “Temos todas as variedades de bergamotas, laranja e limão aqui na região, com produção constante de maio a novembro e isso nos permite ter fruta quase o ano todo. Por isso a criação de uma marca própria, que identifique o Vale do Caí, é importante para avançarmos em qualidade e conquista de novos mercados.”

Luciano Weber

Créditos: Ricardo Marques/ Prefeitura Municipal de São Sebastião do Caí

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