Feliz e Caí em alerta pelo Aedes aegypti

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Entre os 99 municípios do Rio Grande do Sul que estão em situação de alerta devido à presença do Aedes aegypti, dois estão no Vale do Caí: Feliz e São Sebastião do Caí. O número representa os municípios onde mais de 1% dos imóveis vistoriados por agentes de endemias apresentaram larvas do mosquito. Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). O mosquito é o transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zica.

Feliz apresenta um índice de infestação predial (IIP) de 2,5, enquanto o Caí é de 1,3. Outras sete cidades do Vale do Caí registraram a presença do Aedes aegypti, entre elas Barão, Bom Princípio, Capela de Santana, Maratá, Montenegro, Portão e Tupandi. Os dados são baseados no Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa) de outubro a dezembro do ano passado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde  (CEVS). Os índices representam o percentual de imóveis vistoriados onde foram encontradas larvas do mosquito. Índices entre 1.0 e 3.9 são de alerta. Abaixo de 1.0 é considerado baixo risco de transmissão. E acima de 4.0 são considerados índices de risco.

No Rio Grande do Sul foram encontradas larvas do Aedes aegypti em 374 municípios, o que representa 75,2% do total de cidades do Estado. Em 2019 mais de 1,3 casos de doenças, transmitidas pelo mosquito, foram registradas no Rio Grande do Sul. Devido às altas temperaturas, a proliferação do mosquito ocorre principalmente no verão. Por isso a necessidade de reforçar as medidas de prevenção, principalmente de evitar de deixar água parada e lixo acumulado. Os municípios têm feito diversas campanhas e alertas, além de visitas nos imóveis, mas é preciso a população fazer a sua parte na luta contra o Aedes aegypti.

Prevenção no Caí e Feliz

A equipe da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde do Caí está aumentando os esforços de mobilização contra a proliferação de focos do mosquito aedes aegypti, transmissor de dengue, zika, febre amarela e chicungunha. Os agentes ambientais têm vistoriado diversos locais. Um carro de som chegou a circular por ruas da cidade informando e alertando a população para eliminar pontos de acúmulo de água parada de suas residências. Também foram distribuídos panfletos e feito um trabalho especial de divulgação junto aos estudantes em diferentes escolas. “Estamos com quase 300 focos do aedes aegypti confirmados e isso nos deixa em alerta. Ainda não registramos nenhuma das doenças no nosso município, mas todo o cuidado é essencial para evitar que tenhamos o contágio de moradores locais”, destacou a coordenadora da Vigilância Ambiental, Diva Gauer, em novembro do ano passado, quando foi feito mais um trabalho de prevenção junto aos cemitérios.

O mesmo tem ocorrido na Feliz e demais cidades da região. Ainda em novembro passado, agentes de saúde e de endemias fizeram um mutirão de limpeza nos cemitérios do município, visando eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti. E foi emitido um alerta para toda a população no sentido de adotar medidas preventivas, uma vez que qualquer local que possa acumular água limpa, como água da chuva, pratinhos de plantas, bromélias, podem se transformar em criadouros.

 

Guilherme Baptista

Foto: Prefeitura do Caí

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