Três escolas inauguradas no ano passado ainda estão fechadas

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 Três prédios para novas escolas municipais foram inaugurados no final do ano passado. Entretanto, mesmo tendo passado um ano, ainda não receberam alunos e nem professores. A demora na ocupação foi tema de reuniões na Câmara de Vereadores.
O vereador Fábio Juwer (PMDB) lamentou que se passaram onze meses e nada foi feito para a conclusão dos novos prédios, enquanto os alunos permanecem nas escolas antigas. “Para mim todo o problema foi à falta de diálogo da atual administração com o Lucas Sebastiany, que era o responsável pelo setor de Engenharia da Prefeitura até 31 de dezembro do ano passado. “Faltou interesse para resolver o caso”, critica.

Lucas falou na Câmara no dia 30 de outubro. Explicou que algumas pendências foram apontadas em 18 de novembro, pouco antes do final do governo passado, com prazo de 60 dias para justificativas. Citou que esclareceu isso para o novo governo durante a transição e imaginava que as justificativas seriam apresentadas pela nova administração, o que não ocorreu.

Obras e regularização

A secretária municipal de Educação, Cultura e Desportos de Bom Princípio, Vanessa Steffen, esteve na última semana na tribuna da Câmara de Vereadores falando sobre a situação das novas escolas das localidades de Bom Fim, Bela Vista e Nova Colúmbia. Ela alegou que os novos prédios não puderam receber alunos porque não foram concluídos. Para completar, afirmou que diversas inconformidades foram apontadas por fiscais do Ministério da Educação determinando o bloqueio das parcelas finais para a conclusão das obras.

Vanessa explicou que a prefeitura desde o início do ano vem trabalhando para justificar ou consertar as inconformidades apontadas e assim destravar a questão burocrática e concluir as escolas. Segundo ela, a expectativa da prefeitura é de que os problemas nas escolas sejam resolvidos até fevereiro do ano que vem.

A secretária de educação citou que no início do ano houve uma demora na liberação das senhas para acessar os processos no FNDE. Com a troca de governo ela explica que  foi necessário enviar os documentos do prefeito e do pessoal da Secretaria para que se pudesse acessar o sistema do governo federal. Depois, o engenheiro encarregado teve que se afastar por problemas de saúde. Só mais tarde diz que foi possível acessar a lista de problemas apontados pelos fiscais para que fossem resolvidos.

Segundo Vanessa, a Escola Tiradentes, de Bom Fim Alto, tem seis inconformidades apontadas pelo FNDE. Oito inconformidades foram apontadas na Escola São Luiz, da Bela Vista. E doze na Escola São Marcos, em Nova Colúmbia. Em alguns casos, Vanessa diz que os fiscais questionaram o acabamento em reboco onde deveria haver acabamento cerâmico, falta de tomadas em pontos específicos e outros intens.  Cita que para tudo isso é preciso justificativa. Aos poucos garante que a situação está sendo resolvida, lamentando a burocracia e sem apontar culpados para não criar polêmica com a administração passada. Vanessa diz que o foco agora é fazer as escolas funcionarem para o início do próximo ano letivo.

De acordo com a Prefeitura, novas licitações foram feitas para obras como de cercamento e conclusão da rede elétrica, além de conclusão de banheiros, esquadrias e outros acabamentos. Para isso a Câmara liberou R$ 250 mil de seu duodécimo, visando a conclusão dos trabalhos e para viabilizar que as novas escolas possam ser utilizadas a partir do início do próximo ano.

Guilherme Baptista

Foto: Prefeitura

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