Fábrica vai produzir 100 mil toneladas de cimento por ano
Em novembro do ano passado o ex-jogador Diego Lugano, que era zagueiro da seleção uruguaia e de grandes clubes como o São Paulo, esteve em Montenegro. Recebido pelo prefeito Kadu Müller e pela secretária municipal de indústria e comércio, Cristiane Gehrke, Lugano, que representa a empresa Cimsa, de Montevidéu, falou do interesse em investir no município, através da implantação de uma fábrica de cimento e argamassa. O uruguaio, de 39 anos, além do tricolor paulista e pela seleção uruguaia, atuou também pelo Nacional do Uruguai, Paris Sain-Germain da França, Málaga da Espanha, entre outros grandes clubes, conquistando vários títulos. Em janeiro de 2008 encerrou a sua carreira como jogador profissional, quando aceitou o convite do São Paulo para ser dirigente do clube como diretor de relações institucionais.
O jornal Zero Hora da última quarta-feira destacou que Lugano é sócio de outro craque uruguaio, Diego Godín, que atualmente está na Inter de Milão, na Itália. Godín, de 34 anos, também já atuou no Nacional, além dos clubes espanhóis do Villarreal e do Atlético de Madrid, antes de defender a Internazionalle. E é um dos destaques da Seleção Uruguaia, pela qual disputou as três últimas Copas do Mundo.
Segundo a colunista Giane Guerra, Lugano e Godín estão entre os principais sócios do empreendimento que deve investir R$ 102 milhões na implantação da fábrica de cimento no distrito industrial de Montenegro, no chamado Pólo da Química, próximo ao Pólo Petroquímico. A unidade será um joint venture da Hipermix, de São Paulo, com a Compañia Industrializadora de Minerales (CIMSA). A estruturação e o desenvolvimento do projeto serão feitos pela empresa gaúcha M.Stortti. A primeira etapa da fábrica deve estar pronta ainda neste ano, gerando em torno de 30 empregos diretos e 120 indiretos. E já está prevista uma ampliação para 2023, devendo gerar mais 90 empregos.
Reunião com o governador
Na última sexta-feira, dia 21, Lugano e o diretor-presidente da M.Stortti, Maurênio Stortti, mais o prefeito Kadu Müller e outras autoridades, se reuniram com o governador Eduardo Leite, no Palácio Piratini, quando foi confirmado o investimento, já que a área no distrito industrial pertence ao Estado. Ainda estão disponíveis cerca de 700 hectares, que podem ser aproveitados pelo Pólo da Química, onde várias empresas já manifestaram interesse em se instalar, pois são oferecidos lotes por preços abaixo do mercado, em área com ótima infra-estrutura e localização privilegiada. No distrito industrial de Montenegro já se instalaram grandes empresas como John Deere, Polo Films, Bepo, Hexion e Masisa (Arauco).
Conforme os investidores, Montenegro foi escolhido devido à logística para a vinda de matéria-prima e distribuição do produto final para os mercados estratégicos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de outros locais no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O empreendimento deverá produzir 100 mil toneladas de cimento por ano, mas com potencial para cinco vezes mais quando a capacidade total for instalada.