Ministério Público denuncia estudante que se apropriou de mais de R$ 60 mil em cheques da empresa em que trabalhava

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu denúncia na última terça-feira, 1º de fevereiro, contra uma estudante de Direito que se apropriava de cheques da empresa de confecções na qual trabalhava, localizada em Bom Princípio. Conforme a denúncia, valendo-se da condição de auxiliar administrativo contratada de empresa, a estudante, na época com 21 anos, apropriou-se de inúmeros cheques.

A denunciada era responsável por receber pagamentos de clientes e guardá-los no cofre da empresa, bem como lançá-los no sistema de registro e controle. Assim, tendo livre acesso aos cheques, depositava-os em sua conta corrente, inclusive anotando seu nome, assinatura e conta corrente na frente e no verso, o que foi constatado após a proprietária perceber o que ocorria e informar à Polícia Civil local.

O caso foi noticiado pelo Fato Novo em julho do ano passado, quando o delegado Marcos Eduardo Pepe, que comandou a investigação, informou que a industriaria seria indiciada por apropriação indébita. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência da denunciada foram encontrados, escondidos no roupeiro do quarto da denunciada, 125 cheques preenchidos, todos emitidos por clientes da empresa, em valor aproximado de R$ 60 mil. Os cheques recuperados pela Polícia foram restituídos à sócia da empresa.

Conforme a promotora de Justiça de São Sebastião do Caí, Priscilla Ramineli Leite Pereira, a estudante não confessou a prática do crime à Polícia, preferindo manter-se em silêncio. Ela trabalhava na empresa desde o ano de 2017, gozando de confiança dos empregadores. “Verifica-se que o oferecimento de acordo de não persecução penal não é necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime”, disse a promotora. O valor exato dos cheques apropriados indevidamente ainda está sendo apurado. Na época da apreensão, a Polícia chegou a estimar o prejuízo em mais de 120 mil reais.

A promotora de justiça Priscilla Ramineli destacou que a denunciada ostentava nas redes sociais elevado padrão de vida, não condizente com o valor de seu salário como funcionária da empresa. Segundo a Polícia, teria comprado carro, mercadorias para montar uma loja e outros bens. “Tudo leva a crer que usava os valores desviados para desfrutar de seus luxos. Além disso, por ser estudante de Direito, de acordo também com suas redes sociais, se mostram ainda mais reprováveis suas atitudes nessas circunstâncias”, ressaltou a promotora.

 

Guilherme Baptista

Foto: Polícia Civil

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