Moradores do Passo Salseiro protestam contra a poeira e alta velocidade

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Moradores do Passo do Salseiro, em Bom Princípio, estão protestando contra a situação da estrada. Cerca de 30 placas foram fixadas nesta semana em postes e residências, cobrando a promessa de fim da poeira e pedindo asfaltamento já.

Conforme Suelen Rosa Klein, os veículos, principalmente caminhões, passam em alta velocidade. “Os caminhoneiros passam a 80 Km/h. Carros e motos nem se fala”, reclama. Além de colocarem os moradores em risco, a velocidade faz levantar uma nuvem de poeira. Além da pavimentação da estrada, os moradores solicitam redutores de velocidade, como quebra-molas. No entender dos moradores, isso obrigaria os motoristas a diminuírem a velocidade e consequentemente reduziria também a poeira. Eles também pedem que a estrada seja molhada pelo menos uma vez por dia, o que também amenizaria o problema do pó que invade as casas e propriedades, sujando tudo e causando graves problemas de saúde. E a estrada tem intenso movimento, tanto de carros e motos como de caminhões e ônibus, pois serve de ligação com Harmonia e outras localidades. “Não conseguimos manter a casa e o carro limpos. Não podemos ficar na rua, tomar chimarrão, receber visita. Vivemos trancados”, completa, dizendo que está ficando até difícil respirar.

Nas redes sociais o protesto dos moradores já está causando grande repercussão. De acordo com outra moradora, Elsa Maldaner, na parte da noite a situação fica ainda pior. Ela diz que a poeira se concentra e sufoca. E que os moradores já estão cansados de promessas para um problema que se alonga por muito tempo e cada vez se agrava mais devido ao aumento no trânsito de veículos.
Obras devem ocorrer

Conforme manifestação da Administração Municipal, a prefeitura está ciente da questão e tem trabalhado nela, para que as obras ocorram a partir de 2018. “Tanto que no final de 2017 o Município contratou um engenheiro de estradas, que está fazendo os levantamentos para elaboração de projetos de pavimentação nas estradas vicinais (que ligam bairros e localidades), algumas prevendo asfalto e outras, conforme o fluxo de veículos, com calçamento de pedras”, informou a Prefeitura. “O profissional foi contratado porque se trata de obras complexas, em vias de trânsito intenso e, muitas vezes, pesado. E que requerem também investimentos altos para garantir sua durabilidade e segurança. Paralelamente, a Prefeitura tem buscado auxílio de recursos federais para os projetos, a partir de emendas parlamentares – questão que inclusive está na pauta do prefeito Fábio Persch nesta quarta-feira, em novas visitas a gabinetes na capital federal”, completa.

 Por outro lado, segundo a Prefeitura, na área urbana desde 2017 o Município tem conseguido levar adiante obras de calçamento por causa do engajamento dos moradores, através do programa de Pavimentação Comunitária. Foi assim que no ano passado se pavimentou o trecho final da Rua dos Ingás (Recanto Verde), Avenida dos Canários (Paraiso do Vale) e Rua Sergipe (Morro Tico-Tico). Segundo a Administração, estas ações devem recomeçar a partir de março, entre as diversas ruas que nos últimos meses tiveram pedido de Pavimentação Comunitária protocolados pelos moradores. “Infelizmente, essa é uma fórmula que não pode ser replicada nas estradas do interior, pela extensão e complexidade das vias – o que encareceria muito o custo para os moradores. Daí o esforço por recursos federais para complementar o investimento do Município”, explica a Prefeitura. “ Some-se a isso o fato de que em 2017 a Prefeitura precisou investir pesado na área de Saúde, para cobrir a falta dos repasses da parte do Estado para manutenção da UPA, Samu e Estratégia de Saúde da Família. Os valores atrasados já somam R$ 3 milhões, retirados por enquanto dos Recursos Livres da Prefeitura (que é justamente o dinheiro para investimentos). Desse valor, R$ 2,3 milhões foram para manter a UPA funcionando”, conclui a manifestação da Administração Municipal.

Guilherme Baptista

Fotos: Trinta placas foram colocadas em postes e casas pedindo por asfalto

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