Tenente Olegário sofre acidente na Argentina

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O tenente Olegário Rodrigues Filho, de 48 anos, passou por um grande susto na última semana. Residente em Bom Princípio faz 20 anos, e conhecido como sargento Olegário, faz dois anos que o militar está na reserva e passou a realizar outra atividade, como motorista dirigindo ônibus zero quilômetro. As carrocerias dos coletivos são fabricadas por uma empresa gaúcha e Olegário presta serviço conduzindo os ônibus para outros países, como Argentina e Chile. Na madrugada de quinta para sexta-feira da semana passada, Olegario dirigia um ônibus na Ruta 7, da Cordilheira dos Andes, na Argentina, em direção ao Chile, para onde levaria o coletivo. Em Las Cuevas, na província de Mendoza, numa zona de curvas, às 3h30min, aconteceu o grave acidente.

O ônibus dirigido pelo tenente Olegario foi atingido na lateral por outro coletivo que transitava em sentido oposto e que tentava ultrapassar um caminhão em local proibido. Olegario diz que ainda conseguiu desviar para a direita, evitando a colisão frontal. O outro ônibus, que transportava 35 atletas de uma escolinha de futebol do Colo-Colo, do Chile, ia para o Paraguai para uma competição, quando acabou tombando fora da pista e ficou destruído. Três pessoas, entre as quais duas crianças, morreram no local. Eles tinham 10, 13 e 18 anos. Cerca de vinte passageiros ficaram feridos. Olegario acredita que caso o ônibus desgovernado tivesse colidido de frente com o seu ou com rochas, ou até caído no penhasco, a tragédia seria ainda maior. Ao colidir lateralmente com o ônibus dirigido por Olegario o coletivo chileno perdeu um pouco a velocidade e com isso o acidente não foi ainda pior. Olegario não sofreu ferimentos, mas ficou bastante traumatizado com o acidente. Ele prestou socorro às vítimas e após prestar depoimento na Delegacia retornou para Bom Princípio na última segunda-feira. Já o motorista do outro ônibus acabou sendo preso. Normalmente Olegario diz que prefere não dirigir durante a madrugada, mas teve que socorrer um colega com problemas mecânicos. Muito abalado, principalmente com a morte das crianças, diz que por enquanto não voltará a dirigir ônibus, só voltando ao serviço mais tarde quando conseguir se recuperar psicologicamente.

Guilherme Baptista

Fotos: Facebook

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